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Tudo sobre câncer infantil


O progresso no desenvolvimento do tratamento
do câncer na infância foi espetacular nas últimas
4 décadas. Atualmente, 70% das crianças acometidas
de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas
precocemente e tratadas em centros especializados.
A maioria dessas crianças terá vida praticamente normal.
Nos EUA, câncer constitui a segunda causa de
mortalidade entre crianças e adolescentes abaixo de
15 anos de idade. A incidência anual estimada de
câncer infantil é de 124 casos a cada 1 milhão
de habitantes brancos, e de 98 casos por milhão
de habitantes negros, sendo que, são estimados 7000 casos novos
anualmente. No Brasil, de acordo com as estimativas
do INCA de 1999, ocorreram cerca de 5.238
casos novos e de 2.600 óbitos por câncer entre
pacientes com idade de 0 a 19 anos (faixa pediátrica).
Câncer infantil corresponde a um grupo de várias
doenças que têm em comum a proliferação descontrolada
de células anormais e que pode ocorrer em qualquer
local do organismo. Neoplasias mais freqüentes na infância
são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema
nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também
acometem crianças o neuroblastoma (tumor de gânglios simpáticos),
tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho),
tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas),
osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).
Diferentemente do câncer de adulto, o câncer
da criança geralmente afeta as células do sistema
sangüíneo e os tecidos de sustentação,
enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio,
que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão).
Doenças malignas da infância, por serem predominantemente
de natureza embrionária, são constituídas de células
indiferenciadas, porém respondem, em geral, melhor
aos métodos terapêuticos atuais.
No adulto, em muitas situações, o surgimento
do câncer está associado claramente aos
fatores ambientais como, por exemplo, fumo e
câncer de pulmão. Nas malignidades da infância
não se observa claramente essa associação. Logo,
prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase
atual deve ser dada ao diagnóstico precoce.
Em nosso meio, muitos pacientes ainda são
encaminhados ao centro de tratamento com doenças
em estágio avançado, o que se deve a vários fatores:
desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer
(podendo levar à negação dos sintomas), desinformação
dos médicos. Mas, algumas vezes, também está
relacionado com as características de determinado tipo de tumor.
É muito importante estar atento a algumas formas de
apresentação dos tumores da infância.
Nas leucemias, pela invasão da medula óssea
por células anormais, a criança fica suscetível à infecção,
palidez, sangramento e dor óssea.
No retinoblastomaum sinal importante de manifestação
é o chamado "reflexo do olho do gato", embranquecimento
da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar,
também, através de fotofobia ou extrabismo.
Geralmente, acomete crianças antes dos três anos de idade.
Algumas vezes os pais notam uma massa no abdome,
podendo tratar-se nesse caso, também, de um
tumor de Wilms ou neuroblastoma.
Tumores sólidos podem se manifestar pela
formação de massa, podendo ser visível e causar
dor nos membros, sintoma, por exemplo, freqüente
no osteossarcoma (tumor em osso em crescimento),
mais comum em adolescentes.
Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas
dor de cabeça, vômitos, alterações motoras,
alterações cognitivas e paralisia de nervos.
É importante que os pais estejam alertas para o
fato de que a criança não inventa sintomas e,
que ao sinal de alguma anormalidade, levem
seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente
relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas
estão relacionados a doenças comuns na infância.
Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.
O tratamento do câncer começa com o
diagnóstico correto, em que há necessidade da participação
de um laboratório confiável e do estudo de imagens.
Pela sua complexidade o tratamento deve ser efetuado
em centro especializado e compreende três
modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia),
sendo aplicado de forma racional e individualizada
para cada tumor específico e de acordo com a extensão
da doença. O trabalho coordenado de vários especialistas
também é fator determinante para o êxito do
tratamento (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras,
radioterapeutas, patologistas, radiologistas), assim como o
de outros membros da equipe médica
(enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos).
Tão importante quanto o tratamento do câncer
em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença,
uma vez que a criança está inserida no contexto da família.
A cura não deve se basear somente na recuperação biológica,
mas também no bem estar e na qualidade de vida do paciente.
Neste sentido, não deve faltar a ele, desde o inicío do
tratamento, o apoio psicossocial.
fonte:http://www.infocancer.hpg.ig.com.br/infantil

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