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Melanoma

Melanoma maligno
 é o tipo de câncer de pele com pior prognóstico. É um tumor altamente maligno nos seus estágios avançados, devido à sua elevada probabilidade de sofrer metástases e se disseminar para outros órgãos.

Etiologia e genética

O melanoma maligno origina-se dos melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina que dá cor à pele. O melanoma é mais comum na pele mas pode surgir também raramente em outros epitélios, como no olho, nas mucosas do esófagovagina e outros órgãos do enfermo.
Genes mutados frequentemente incluem o CDK4 (uma cinase de ciclina), o BRAF, um membro da família dos oncogenes RAS, e o MC1R(receptor que controla a síntese de melanina).


Epidemiologia

Nos Estados Unidos, são registrados mais de 50 mil casos por ano e cerca de 8 mil mortes. Os principais fatores de risco do melanoma são a pele clara e a exposição ao Sol, uma vez que os raios ultravioletas provocam alterações ou mutações no DNA (por exemplo dimerização de determinadas bases), e as pessoas de pele escura têm mais melanina, a qual absorve parte desses raios UV antes deles provocarem danos. No entanto o melanoma pode surgir em áreas da pele não expostas ao sol e em pessoas de pele muito escura também, porque a melanina não protege a toda a radiação UV. Há alguma radiação UV mesmo quando há nuvens e no Inverno, além de haver outros fatores que podem causar o melanoma, como fatores genéticos (susceptibilidade hereditária, responsável por 10% dos casos), e determinados agentes químicos cancerígenos.
Estas considerações explicam a alta incidência do melanoma maligno em países como a Austrália, cuja população tem origem na Europa, cultura de praia e vive sob o Buraco do Ozono, o que leva a maior incidência de raios UV naquela região do Mundo; e também em alguns grupos de brasileiros de origem nórdica. Aliás, julga-se que foi a selecção natural do melanoma maligno e outros tumores da pele como os carcinomas basocelulares ou de células escamosas, que levou as populações humanas que vivem nos trópicos a desenvolverem a coloração escura que os protege. No norte, inversamente, o pouco acesso ao Sol criou outro tipo de problemas médicos como a baixa absorção devitamina D (uma vitamina formada na pele, em reacção química que envolve luz solar, necessária à absorção do cálcio para os ossos- a sua deficiência traduz-se no raquitismo, com fraturas freqüentes). Indivíduos escuros com altos níveis de melanina absorvem pouca vitamina D comparativamente, porque a melanina absorve a maior parte da luz solar incidente. Desse modo as pressões evolutivas, durante dezenas de milhares de anos, da necessidade de vitamina D por um lado, e de evitar o mortífero melanoma por outro, explicam algumas diferenças étnicas existentes hoje. Na verdade se as populações nórdicas nos países tropicais, ou as tropicais nos países do norte permanecessem isoladas durante muitos milhares de anos, elas decerto se tornariam cada vez mais escuras ou mais claras de acordo com a exposição solar nas respectivas regiões.
Porém isto não explica o porquê de os amarelos mesmo tendo evoluído em latitudes tão altas quanto os nórdicos, são totalmente diferentes deles em todos os aspectos, tal como conseguiram se adaptar melhor a diferentes latitudes e longitudes, sendo possivelmente a raça mais jovem e a que mais conseguiu se expandir pelo planeta.


O melanoma geralmente apresenta-se como uma pinta de coloração preta, castanha, vermelha azul ou da cor da pele. O que chama a atenção é seu crescimento rápido, bordas irregulares e normalmente múltiplas cores na mesma lesão. Pode surgir da pele sã ou de lesões pigmentadas pré-existentes (as "pintas" ou "sinais" de nascença). O melanoma não tem sintomas na sua fase inicial, exceto a irritação cutânea (comichão ou dor) que surge apenas em alguns casos. É freqüente surgir como uma área de um nevo ("sinal") já existente que cresceu, mudou de cor, ganhou contornos irregulares; ou como um novo nevo que surge na vida adulta. Todas essas manifestações são altamente sugestivas de melanoma.
Pessoas que tem histórico familiar de melanoma devem procurar regularmente um dermatologista. Diferentemente de outros cânceres de pele, o melanoma surge principalmente entre 30-45 anos de vida. Pessoas de pele clara que se expõe inadequadamente ao sol são as que apresentam maior risco de desenvolvimento.
Numa lesão suspeita o médico poderá realizar o exame chamado dermatoscopia que auxilia muito na definição diagnóstica.]

Patologia

As células do melanoma concentram-se inicialmente em ninhos bem ou mal formados. Elas são maiores que os melanócitos normais, e podem ou não produzir melanina (se não produzem são melanomas acrómicos).
As células têm grandes núcleos irregulares, nucléolos proeminentes. Um elevado número de mitoses sugere mau prognóstico. Pode-se observar em estágios avançados a invasão de nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, indicando um mau prognóstico. A existência de resposta imunitária vigorosa, como infiltração de linfócitos, sugere melhor prognóstico.


Progressão

A maior parte dos melanomas diagnosticados é superficial, restrito à epiderme ou à junção dermo-epidérmica ( camadas externas da pele) e não costuma ser metastático. Em estágios mais avançados, pode crescer para camadas mais profundas e para os lados. Com o aprofundamento do melanoma, há maior probabilidade de que as células do melanoma sejam metastatizadas ( ou seja, caminhem para outros órgãos do corpo). As metástases mais comuns do melanoma são para o fígado, linfonodos e cérebro.


Prognóstico e terapia

O tratamento do melanoma em estágios iniciais é cirúrgico. A probabilidade de sucesso na cirurgia depende do crescimento vertical do tumor. As pessoas com tumores denominados "in situ" ( ou seja, nos casos em que o tumor está restrito à epiderme) apresentam chance de cura total próxima a 100% através da remoção cirúrgica.
Quanto mais profundo o melanoma, mais difícil tende a ser seu tratamento.
Quando o melanoma é mais profundo, pode ser necessário fazer a investigação da presença de células de melanoma em linfonodos da região afetada ( exame denominado "linfonodo sentinela"). Caso haja detecção de um linfonodo afetado por células de melanoma neste exame, pode ser necessária a retirada de todos os linfonodos da região afetada.
O tratamento do melanoma metastático consiste em quimioterapia e tratamentos com imunomoduladores.
Recentemente, cientistas conseguiram, através da manipulação de linfócitos, curar dois pacientes com melanoma metastático. No entanto, nenhum dos outros pacientes testados teve a mesma resposta ao tratamento. Novos estudos estão sendo realizados para aperfeiçoar a técnica e torná-la mais eficaz, podendo até mesmo ser aplicada a outros tipos de câncer.

fonte:wikpédia

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