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Câncer e depressão caminham juntos?


Receber o diagnóstico de câncer não é nada fácil, nem para o paciente, nem para sua família, que acompanha todo o tratamento e sofre junto com o doente, que experimenta uma série de sensações ao ter que enfrentar a doença e pode acabar em depressão.
Angústia, desespero, tristeza, estresse e até mesmo uma revolta do tipo "porque isso foi acontecer justo comigo?", são algumas das sensações comuns às pessoas com câncer. Muitas vezes, todas essas variações podem desencadear um quadro depressivo.
Cerca de 25% dos pacientes com câncer podem ter depressão. Não só quando descobrem a existência da doença, mas também durante o tratamento. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental", alerta a psicóloga da Oncomed Belo Horizonte, Mariana Lima.
As conseqüências do tratamento e as mudanças no corpo podem afetar a aparência e autoestima dos pacientes, até porque, para se tratar, muitas pessoas acabam mudando radicalmente suas rotinas e hábitos. "A imagem corporal fica alterada e os medos são constantes devido ao estigma que ainda existe em torno da doença. Todos esses fatores acentuam o quadro depressivo", salienta a especialista.
De acordo com o oncologista Amândio Soares, algumas ideias sobre o câncer existem e confundem muito. "A ideia de que todas as pessoas com câncer sofrem, obrigatoriamente, de depressão é uma delas. Ou ainda, a noção de que a depressão não pode ser tratada paralelamente ao tratamento do câncer. Há também os que imaginam que a doença é muito dolorosa", pontua.
O médico reforça que é fundamental manter hábitos saudáveis, fazer exames periodicamente, e, em caso de anormalidades, é preciso procurar um especialista. Para o câncer, sempre vale a máxima: quanto mais cedo descobrir a doença, maiores as chances de cura.
Por Carmem Sanches

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